27/11/2018

Casa de incubação - projeto, execução e orçamento

A casa de incubação foi bem fácil de projetar e construir. Inicialmente, pensamos em fazer a parte "estrutural" com cordas amarradas nas árvores ao redor. Felizmente nos tocamos a tempo de que um gazebo não sairia mais caro e faria a "construção" ser muito mais rápida. Utilizamos um gazebo de 3x3m, onde dá para abrigar 4 pilhas de toras (no momento, temos 2). 

As "paredes" foram feitas com sombrite. Optamos por utilizar o de 30% de sombreamento porque o local já é bem sombreado e porque quanto mais escuro é o sombrite, mais caro também. Como o sombrite que compramos tinha 1,5m de largura (e, o gazebo, 3m de lado), utilizamos duas folhas de sombrite por "parede". Primeiro cortamos o sombrite em pedaços de cerca de 2,5m de comprimento (cada pedaço é uma folha; o gazebo tem cerca de 2m de altura). Cada folha foi costurada na estrutura do gazebo de forma independente. Não costuramos uma folha na outra, apenas prendemos com laço em alguns pontos para não abrir demais com o vento. Assim poderemos abrir totalmente as paredes quando formos revirar as pilhas de toras, dando mais espaço para a manipulação.

A seguir, um esquema das "paredes".




No chão, colocamos pedras que catamos por perto. Separamos também algumas pedras maiores para apoiar as toras que ficam por baixo na pilha. Jogamos cal virgem sobre as pedras para minimizar o potencial do solo como fonte de contaminações (as pedras têm essa mesma função). 

Agora, os custos.




01/08/2018

Incríveis fungos!

Vou colocar nessa postagem alguns materiais com informações interessantes sobre os fungos.

Simbiose mutualística parecida com micorrizas no mais antigo grupo de plantas terrestres (em inglês) --> https://www.nature.com/articles/ncomms1105

Situação dos fungos no mundo 2018: Fungos úteis (em inglês) --> https://stateoftheworldsfungi.org/2018/reports/SOTWFungi_2018_Useful_Fungi.pdf

Fungo cobre quase 150 hectares e tem cerca de 2500 anos de idade (em inglês) --> https://www.sciencemag.org/news/2018/10/humongous-fungus-almost-big-mall-america

Fungo parasita que droga seus hospedeiros com psilocibina (em inglês) --> https://www.theatlantic.com/science/archive/2018/07/massospora-parasite-drugs-its-hosts/566324/

Como um fungo consegue controlar o corpo de uma formiga (em inglês) --> https://www.theatlantic.com/science/archive/2017/11/how-the-zombie-fungus-takes-over-ants-bodies-to-control-their-minds/545864/

23/04/2018

Permacultura - materiais úteis

Essa postagem está em constante atualização!


EM PORTUGUÊS

Livreto: Os Fundamentos da Permacultura --> https://holmgren.com.au/downloads/Essence_of_Pc_PT.pdf


EM INGLÊS

Flor da Permacultura --> https://permacultureprinciples.com/flower/
Entrevista com Bill Molison: definição de Permacultura --> https://www.context.org/iclib/ic28/mollison/
Primeira ecovila permacultural --https://crystalwaters.org.au/
Uma história curta e incompleta da Permacultura --> https://pacific-edge.info/2007/07/a-short-and-incomplete-history-of-permaculture/
Revista Permaculture --> https://www.permaculture.co.uk/
Guia de Permacultura nos trópicos --> http://withoneplanet.org.au/permaculture-guidebook/
Explorando o aspecto social da Permacultura --> https://permaculturenews.org/2015/12/22/care-for-people-and-care-for-planet-exploring-social-permaculture/
A importância do aspecto cultural da Permacultura --> https://www.ic.org/social-permaculture/
Sobre padrões na natureza --> https://www.chelseagreen.com/2015/05/27/permaculture-expert-hemenway-natural-patterns/
Para fazer mapa com curvas de nível --> http://www.contourmapcreator.urgr8.ch/
Filme sobre Permacultura --> https://uplift.tv/2018/inhabit/
Mapas topográficos --> http://pt-br.topographic-map.com/
Fazer perfil topográfico --> http://www.geocontext.org/publ/2010/04/profiler/en/
Guia para o cidadão proteger e restaurar as bacias hidrográficas --> https://oaec.org/wp-content/uploads/2017/12/BoR-3rd-Edition-WEB_ReduceSize2018.pdf
Avaliação permacultural: pequeno sumário --> https://treeyopermacultureedu.wordpress.com/design-process-3/assessment-phase/
Resumo sobre análise de setores --> https://small-farm-permaculture-and-sustainable-living.com/permaculture_sectors/
Calcular os ângulos solares --> http://www.susdesign.com/sunangle/index.php
Crie o seu gráfico do trajeto do sol --> http://solardat.uoregon.edu/SunChartProgram.html
Mapa de cálculos solares --> http://suncalc.net
Mapa global: encontre a sua sombra --> http://www.findmyshadow.com/
Aplicando os princípios da permacultura --> http://www.emptycagesdesign.org/applying-permaculture-principles-to-livelihood-design/
Ferramentas gratuitas para desenho permacultural --> https://www.permaculturedesign.ca/tools
Observando e criando microclimas --> http://www.goveganic.net/article202.html
Características e desenho de barreiras contra o vento --> http://extensionpublications.unl.edu/assets/pdf/ec1763.pdf
Reuso de água cinza --> http://www.greywaterreuse.com.au/irrigation
Coleta de água de chuva que escoa pelas ruas --> http://www.harvestingrainwater.com/street-runoff-harvesting/
Construção e localização do círculo de bananeiras --> https://treeyopermacultureedu.wordpress.com/chapter-10-the-humid-tropics/banana-circle/
Lista de plantas tropicais úteis --> http://tropical.theferns.info/

18/04/2018

Água

O cultivo de cogumelos é uma atividade que depende (muito) da água. Para o shiitake, a umidade relativa do ar precisa ser mantida em pelo menos 50% durante a incubação para que esta se dê de forma satisfatória. Na Mata Atlântica o cultivo de shiitake costuma ocorrer de forma rústica, em toras, à sombra de florestas úmidas (no nosso índice de produtores, procure pelo termo chave “incubação ao ar livre” para ver alguns exemplos). Lá chove durante o ano todo e é praticamente impossível que a umidade relativa do ar alcance valores inferiores a 50%. Assim, a questão da água não chega a ser um problema para o produtor.

Nós não estamos na Mata Atlântica, estamos no Cerrado, onde a sazonalidade das chuvas e, por consequência, da umidade relativa do ar, é grande; ficamos 6 meses por ano sem chuva, quando a umidade relativa do ar chega a cair para 19%.

O gráfico a seguir mostra as normais climatológicas de Brasília, onde vai ocorrer a nossa produção, para a umidade relativa do ar.



Esse outro gráfico mostra as umidades mínimas históricas registradas para Brasília, mês a mês.


A fonte dos dados usados para fazer esse gráfico é o Inmet.

Naturalmente, esse clima inviabiliza o cultivo do shiitake em toras ao ar livre e por isso teremos que criar artificialmente as condições necessárias. Assim, tanto a incubação, quanto a frutificação e o descanso das nossas toras deverão ocorrer em um espaço onde possamos controlar, principalmente, a umidade, e também a temperatura e a ventilação (no nosso índice de produtores, procure pelo termo chave “incubação em galpão” para ver alguns exemplos).

A alternativa para esse modelo é encontrar uma mata de galeria, que, por suas características (árvores sempre-verdes em associação com córregos) proporciona um ambiente interessante para a incubação de shiitake em toras: sombra e alta umidade relativa o ano todo. Esse tipo de ambiente elimina a necessidade de manejar a umidade relativa, mas ainda demanda a realização periódica de regas.


Fonte: http://pontobiologia.com.br/blog/wp-content/uploads/2017/09/fitofisionomia-do-cerrado.gif

Para adicionar um pouquinho mais de complexidade nesse cenário, o DF vive uma crise de abastecimento de água. A partir desse contexto, uma das nossas preocupações, que se converteu em um dos nossos eixos de estudos mais importantes, é como lidar com a água, minimizando desperdícios. Nesse sentido, a primeira questão a ser respondida é: quanto de água precisaremos? A segunda é: como consegui-la?


Referências:

http://rederama.com.br/wp-content/uploads/2017/12/e-book-Produ%C3%A7%C3%A3o-do-Shiitake-e-Hiratake.pdf

29/03/2018

Produtores portugueses de shiitake em toras

Essa postagem está em constante atualização!


Micoslab

https://www.youtube.com/watch?v=LElmSRnrDok


Termos chave:
Incubação em galpão
Tamanho da estufa
Investimento inicial
Condições ambientais na estufa
Quantidade de toras
Tempo de produção de eucalipto e carvalho
Custo de produção para eucalipto e carvalho
Variedades de shiitake
Produtividade por tora
Rega por microaspersão
Comparação com o processo industrial de produção
Características nutricionais e medicinais
Inoculação por serragem
Impermeabilização com cera de abelha
Tempo de incubação
Tora madura para indução de frutificação
Indução de frutificação
Produtividade semanal


Casa do Chascada

https://www.youtube.com/watch?v=5CjL12P7fBc

Termos chave:
Inoculação
Incubação em estufa
Indução de frutificação

19/03/2018

Índice de produtores de shiitake em toras

Essa postagem está em contínua atualização!!!



Shitake Caipira
Olhos d´Água - GO

https://www.youtube.com/watch?v=FAnKnaZHtbU

Termos chave:
Duração do ciclo de frutificação
Indução da frutificação
Colheita
Inoculação
Incubação em galpão
Indução de frutificação
Shiitake desidratado
Comercialização de tora em produção
Oficina de cultivo
Comercialização do shiitake
Perspectiva para o mercado


Sítio Santo Canto
Gonçalves - MG

https://www.youtube.com/watch?v=EZYlAYtteSM

Termos chave:
Incubação em galpão
Rega por nebulização
Inoculação por cavilha
Controle de tricoderma com chá caseiroProdução orgânica
Indução de frutificação
Duração do ciclo de frutificação
Armazenamento de shiitake em freezer


Sr. Sakai
Engenheiro Paulo de Frontin - RJ


https://www.youtube.com/watch?v=iZhwlKRTMgM

Termos-chave:
Produção orgânica
Incubação ao ar livre
Toras cobertas por plástico
Inoculação
Tempo de incubação
Frutificação
Indução de frutificação
Sala de frutificação
Colheita
Pragas
Desvantagens do cultivo axênico


Terra Mãe
Guarapuava - PR

https://www.youtube.com/watch?v=i627PQb9KOw → curso aula 1

livro: http://rederama.com.br/wp-content/uploads/2017/12/e-book-Produ%C3%A7%C3%A3o-do-Shiitake-e-Hiratake.pdf

Termos chave:
Mercado do shiitake
Produção orgânica
Melhor tora
Produtividade
Características nutricionais

https://www.youtube.com/watch?v=EgGFbtbDoJQ → curso aula 2

Termos chave:
Estufa para incubação
Características da tora
Linhagem de shiitake e clima
Inoculação
Desinfecção dos equipamentos
Furadeira
Broca
Inoculação por cavilha
Mão de obra para inoculação

https://www.youtube.com/watch?v=EmuKSvtmYSA → curso aula 3

Termos chave:
Formação de pilhas para incubação
Tempo de incubação
Rega
Rodízio de pilhas
Crescimento do micélio
Surgimento dos primórdios
Indução de frutificação

https://www.youtube.com/watch?v=8rWL2j9c-Tc → curso aula 4

Termos chave:
Frutificação
Ponto de colheita
Manipulação do shiitake


Fazenda Guirra
São Francisco Xavier - SP


https://www.youtube.com/watch?v=MPWFrgLUGN8

Termos chave:
Incubação ao ar livre
Inoculação por serragem
Furação das toras
Inoculador semi-automático
Tempo de incubação
Produtividade por tora
Qual eucalipto usar
Impermeabilização com parafina + breu
Indução de frutificação
Clima ideal para cultivo


https://www.youtube.com/watch?v=A4Ai9G2_ado

Termos chave:
Recinto de frutificação
Formas de consumo do shiitake
Propriedades medicinais
Destinação final das toras


Shiitake Mury
Mury - RJ


https://www.youtube.com/watch?v=rxOwv5phVj0

Incubação ao ar livre
Tempo de incubação
Indução de frutificação



Celso Bett
Pato Branco - PR


https://www.youtube.com/watch?v=d9ysOLmeXW4

Termos chave:
Incubação ao ar livre
Inoculação por serragem
Recinto de frutificação
Tempo para colheita

Atenção: esse vídeo contém informações incorretas!


Sítio Varandão
Teresópolis - RJ


https://www.youtube.com/watch?v=_Y4_0Cy7bVA

Termos chave:
Inoculação
Incubação ao ar livre
Indução da frutificação
Antepasto de shitake



Domaine
Domingos Martins - ES


https://www.youtube.com/watch?v=GZfNzgQ7HSk

Termos chave:
Inoculação por serragem
Higienização
Vedação
Incubação em galpão
Tempo de incubação
Condições ambientais ideais
Reviramento das toras
Indução de frutificação
Tempo de frutificação


Mirian Yamashita
São José dos Pinhais - PR


https://www.youtube.com/watch?v=wkmhgFqi1Bo

Termos chave:
Castanheira portuguesa



Entre em contato para acesso ao mapa.

02/03/2018

Esterilização do meio BDA

Materiais necessários

- meio BDA líquido em recipiente de vidro
- panela de pressão com suporte metálico interno
- outros recipientes resistentes a altas temperaturas

Se o meio BDA estiver sólido, ele precisa ser aquecido até ficar completamente líquido e homogêneo antes de ir para a panela de pressão. Isso pode ser feito no microondas.
Atenção! O meio deve ser colocado na panela em um recipiente de vidro resistente a altas temperaturas. Nunca coloque o recipiente vedado na panela de pressão, pois isso pode fazer com que o vidro quebre. Se o recipiente a ser utilizado tiver uma tampa, deixe-a em meia rosca; se ele não tiver tampa, cubra a boca com papel alumínio antes de colocar na panela de pressão.
A panela de pressão deve ter um suporte metálico interno que impeça que o fundo do recipiente de vidro fique em contato com o fundo da panela durante a esterilização, como nas imagens a seguir.

Fonte: http://www.cogumelohobby.com/IMAGENS/suporte_na_panela.jpg 
Fonte: http://www.cogumelohobby.com/IMAGENS/suporte_no_fundo.jpg

Fonte: http://www.pontociencia.org.br/files/experimentos/342/esterilizando-com-uma-panela-de-pressao-3.jpg
Exemplo de suporte caseiro.
O recipiente com o meio BDA não deve ser colocado sozinho na panela de pressão, pois ele pode virar durante a esterilização e/ou manipulação da panela. Para evitar isso, basta colocar alguns recipientes vazios, que vão funcionar como escoras, junto com o recipiente contendo o meio. Naturalmente, todos os recipientes que forem para a panela devem ser resistentes a altas temperaturas.

Como fazer

1 - Coloque o suporte metálico na panela de pressão.
2 - Coloque água na panela, apenas o suficiente para cobrir o suporte metálico.
3 - Coloque o recipiente de vidro com o meio BDA, juntamente com os recipientes escora, na panela.
4 - Tampe a panela e coloque o peso do pino de escape do vapor.
5 - Coloque a panela no fogo alto.
6 - Quando o vapor começar a sair pelo pino, abaixe o fogo; cuide para que a chama seja alta o suficiente para que o vapor continue saindo ininterruptamente.
7 - Conte 30 min depois que o vapor começar a sair e, então, apague o fogo.
8 - Deixe o vapor sair da panela naturalmente.
9 - Abra a panela apenas quando a temperatura estiver baixa o suficiente para que seja possível manuseá-la sem queimar as mãos.

Feito! O meio BDA está esterilizado.

Nesse ponto é possível armazenar o meio em geladeira por até 60 dias. Entretanto, é necessário cuidado redobrado para evitar contaminações. Para isso, o recipiente deve ser sempre mantido bem fechado. Na geladeira, o meio BDA vai para o estado sólido e precisará ser aquecido no microondas para voltar ao líquido.

O próximo passo é a montagem das placas de petri.

Fontes das informações apresentadas aqui:

28/02/2018

Receita de meio BDA

Ingredientes

- 200g de batatas cruas
- 15g de dextrose
- 17g de ágar
- 1l de água

A dextrose pode ser comprada em loja de suplementos alimentares. O agar pode ser comprado em loja de produtos orientais (é muito usado na culinária) ou em locais voltados para o cultivo de orquídeas (é usado como meio para reprodução). O Mercado Livre também é uma opção para conseguir esses ingredientes.

Essa receita produz cerca de 1l de meio BDA. Para fazer um volume menor, basta fracionar as quantidades dos ingredientes de acordo com o volume final desejado.

Outros materiais necessários


- balança com precisão de pelo menos 1g
- recipiente de vidro
- peneira

O recipiente de vidro precisa ser resistente a altas temperaturas, já que ele vai ser esterilizado na panela de pressão. Na escolha do recipiente também é importante considerar o seu tamanho, já que ele vai precisar entrar no microondas, na panela de pressão e na SAB (still air box, vou fazer um post só sobre isso em breve) e o ideal é que o meio não fique sendo transferido de um recipiente para outro durante o processo, para evitar contaminações.

Preparo

1 - Lave bem as batatas (não é necessário descascar), corte em tiras finas e coloque para cozinhar em 1l de água até ficarem bem macias.
2 - Transfira a água do cozimento das batatas para o recipiente de vidro, ainda quente e peneirada; as batatas são descartadas comidas.
3 - Adicione a dextrose e o agar.
4 - Misture até que todos os ingredientes fiquem bem diluídos; se for necessário, leve ao microondas.

Aqui você já tem o meio BDA pronto, o próximo passo é fazer a esterilização, que será objeto de outra postagem em breve. 

É possível armazenar o BDA em geladeira nesse ponto, dentro do recipiente de vidro onde os ingredientes foram misturados, que deve estar bem tampado; se o recipiente não tiver tampa, basta cobrir a boca com papel filme. Na geladeira, ele vai endurecer; para retomar o processo de esterilização depois, basta aquecer em microondas até o meio voltar ao estado líquido.

Entretanto, não é recomendável deixar o meio muito tempo na geladeira antes de esterilizar. Note que o processo foi feito, até aqui, em ambiente aberto. Assim, é normal que haja algumas bactérias e fungos no meio BDA, que só vão ser eliminados com a esterilização. O ambiente refrigerado apenas retada - não impede - o desenvolvimento desses organismos contaminantes. Além disso, o meio BDA é muito favorável ao crescimento de bactérias e fungos em geral, o que agrava o risco do meio ser totalmente colonizado por um contaminante, repito, mesmo na geladeira. Lembre-se que o feijão esterilizado cozido na panela de pressão também estraga na geladeira!!!

Atenção! Nós ainda não testamos essa receita, assim que o fizermos, contamos os resultados.

Fontes das informações apresentadas aqui:

26/02/2018

Produção e esterilização de meio de cultura

Estamos fazendo o planejamento para iniciar os testes de produção de micélio de shiitake em meio de cultura. Ter o micélio em meio de cultura é etapa necessária para produzir as sementes, que depois vão ser colocadas nas toras de madeira.

Atenção! Semente, nesse contexto, nada tem a ver com as plantas superiores (os pinheiros e as plantas com flores), as quais têm nas sementes o embrião originado de sua reprodução sexuada. As sementes utilizadas na produção de cogumelos consistem em um substrato já colonizado pelo micélio do fungo de interesse. Esse substrato pode ser pequenos tocos de madeira, grãos de trigo e outros cereais ou serragem.

A primeira etapa desse processo é produzir o meio de cultura, que consiste em um substrato artificial que favorece o rápido crescimento do micélio. Nesse meio de cultura é colocado um pequeno pedaço de micélio (ou de cogumelo), que se desenvolve até cobrir todo o meio. Assim é possível conseguir a quantidade necessária de micélio, em relativamente curto espaço de tempo, para produzir as sementes.

O meio de cultura deve ser esterilizado antes de receber o pedaço de micélio/cogumelo para evitar a contaminação por outros fungos ou bactérias. O crescimento de outros organismos no meio pode prejudicar ou impossibilitar o desenvolvimento do micélio de interesse. Esses são os aspectos gerais envolvidos na produção do meio de cultura para multiplicação do micélio de diversos cogumelos de interesse comercial.

Para o shiitake, especificamente, recomenda-se o uso do meio BDA, feito de batata, dextrose e agar. O agar é uma gelatina de algas e tem a função de endurecer o meio, a dextrose é um açúcar simples e a batata é a batata mesmo, rica em amido, um açúcar complexo. Tanto o amido quanto a dextrose são utilizados como fonte de energia pelo micélio em seu desenvolvimento. Nós pretendemos produzir o meio BDA em casa, mas é possível comprá-lo pronto, em pó, que só precisa ser diluído em água.

A esterilização do meio BDA pode ser feita em uma panela de pressão comum. Todo o processo de produção e esterilização do meio pode ser realizado em ambiente doméstico, tomando-se alguns cuidados (muito álcool!) para evitar contaminações, principalmente depois da esterilização.

Nossa intenção é iniciar os testes utilizando materiais e equipamentos de baixo custo, feitos por nós sempre que possível. As receitas a serem utilizadas, tanto para produção do meio BDA, quanto para esterilização, são as mais simples possíveis. Pretendemos fazer incrementos nas receitas apenas se percebermos necessidade, a partir da experiência prática.

Em breve uma postagem com as receitas.

Fontes das informações apresentadas aqui:
http://www.camdenmushroomcompany.com/2015/10/meio-de-cultura-batata-dextrose-agar-o.html
http://www.cogumelohobby.com/agar%20meios.htm
Livro: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/23379337/livro-sobre-producao-de-cogumelos-por-meio-de-tecnologia-chinesa-modificada-chega-a-3-edicao

22/02/2018

O que é um cogumelo?



Adaptado de https://www.fix.com/assets/content/15564/the-mushroom-rundown.png

Cogumelo é a denominação popular do corpo de frutificação de alguns fungos, onde ocorre a produção dos esporos, estruturas que participam da reprodução sexuada desses seres. O tempo de vida dos cogumelos é relativamente curto, algumas horas no mínimo e algumas semanas no máximo. Os cogumelos brotam de uma estrutura denominada micélio, que tem tempo de vida longo e que fica em contato direto com o substrato de onde obtém os nutrientes necessários ao seu desenvolvimento.

O cultivo de cogumelos consiste, basicamente, em colocar o micélio em um substrato adequado e sob condições ambientais que favoreçam o seu desenvolvimento. Com o micélio bem desenvolvido, é possível induzir a produção dos cogumelos por meio da alteração das condições ambientais (temperatura e umidade).

Retirado de http://www.shiitake.de/eng/photos/Stirnholz01.jpg
As manchas brancas na tora são micélio de shiitake.
Quando chega a ficar visível nas extremidades, o micélio já está bem espalhado pelo interior da tora de madeira.    

Retirado de http://www.shiitake.de/eng/photos/ShiStamm.JPG
Cogumelos shiitake em tora de madeira.

15/02/2018

Cultivo e processamento de shiitake - curso online gratuito

Optamos por iniciar nossa produção com o shiitake em toras de madeira.

Algumas informações gerais sobre esse método de cultivo do shiitake podem ser encontradas, gratuitamente, nesse curso online, da Universidade Federal de Viçosa.

Tela de apresentação do curso.

Tivemos alguma dificuldade para abrir o curso; é necessário atualizar o Flash Player para que tudo funcione perfeitamente.